terça-feira, 19 de agosto de 2008

AS OLIMPÍADAS DA VIDA








Fico pensando na relação entre as manifestações humanas e no quanto essas tem relação direta com o nosso aprendizado.

Todos perguntam qual seria o segredo de Michael Phelps? O atleta vence todas as competições, despertando curiosidades, e admiração de uma unanimidade. Se fosse a três mil anos atrás não tenho duvida de que em Olímpia, Phelps estaria sendo vangloriado como um deus, com direito a pedidos de milagres, templo e tudo mais.

O nadador realmente é incrível, e cada vez que este se apresenta, me faz pensar no quanto pode ser inspirador toda aquela invencibilidade, servindo de exemplo pra nossos desafios diários. É incrível e emocionante, e por vezes chego a pensar no real motivo que os leva a desafiar o próprio limite.

Não existe explicação lógica pra tanto, e sim um motivo próprio, uma vontade de vencer, de superar-se, de ir sempre além dos limites alcançados. É um desejo pela vitória, uma ânsia pelas medalhas, fome de subir ao pódio e sentir-se vitorioso.

A rotina de um atleta é completamente voltada ao seu objetivo, dieta hipercalóricas, para suportar o gasto de energia, horas de treinamentos pesados e intensificação nas áreas de maior dificuldade, uma serie de atividades que muitas vezes chega sacrificar a própria saúde. Porém, os louros são legados a esses que tem autoconfiança para suportar a rotina. E isso explica quando levamos em consideração a origem da palavra "atleta", diz Spivey - ela vem do verbo grego athlêuo, "eu sofro". O atleta, portanto, é o sofredor por excelência, sacrificando-se por um resultado que valha a pena o esforço.

Muitos podem acreditar que é o dinheiro, que os fazem imolar o corpo em prol de obter o desempenho exigido em determinada modalidade esportiva. Ou que simplesmente é o desejo pela fama, notoriedade e sucesso. Acredito ser algo que vai além, é forte e ininterrupto, apaixonante e recompensador e algumas vezes até um pouco doentio. Mas quando postos à prova, mostram que só assim se pode conquistar as medalhas.

Quantas vezes estamos trabalhando e uma simples dor de cabeça nos faz parar tudo? Ou estamos perto de concluir um trabalho e por estarmos cansados e exaustos abandonamos e deixamos pra um outro dia? Às vezes estamos pertinho da reta final, próximo de conquistar nosso objetivo, porém a falta de confiança em si próprio nos faz desistir, jogando fora as chances do sucesso.

Podemos comparar, é como uma corrida, é como uma disputa qualquer, e no instante que nos falta pouco tempo da linha de chegada, que nos vêm o maior cansaço, e sentimos que não vamos conseguir, que nossas pernas tremem e temos vontade de parar. Então Disciplina, força, fé, coragem, técnica, determinação…e ouro.

Com maestria

Esta edição das olimpíadas me cai como uma lição, talvez pelos momentos pessoais, mas a cima de tudo pelo entendimento que me traz, e que pra mim simboliza um grande exemplo de como devemos conduzir nossas vidas.

Qualquer empreitada que entramos temos que ser convictos que o segredo é a superação, a persistência em continuar sempre, e mesmo não vencendo ter honra pra assumir a derrota e saber que da próxima vez pode fazer melhor. É dedicar tempo, se capacitar, treinar, treinar e treinar muito. Acreditar que pode conseguir e fazer por onde. Vislumbrar o triunfo e seguir em busca dele. Incansável e perseverante.
Consciente das dificuldades e não temendo os rivais, ultrapassando os obstáculos, determinado e confiante. E quando achar que não suporta mais, buscar forças, incorporar todo o seu espírito de luta e continuar intenso. Assim, elevar-se ou posto dos vitoriosos com a maestria de um atleta que vence os desafios da vida.