sexta-feira, 22 de abril de 2016

BlocON Skol antecipa clima festivo da Micareta de Feira

  

Time Ambev presente no BlocOn: Fernando Bernadino, Maria Eduarda Barreto, José Maycon, Lorena Mastrolorenzo e Paulo Ricardo. (Crédito: Divulgação)

O BlocON Skol - um bloquinho percussivo, jovem, democrático e diferente animou a tarde desta quinta-feira (21), feriado de Tiradentes. O arrastão com a participação de artistas, jornalistas, blogueiros e formadores de opinião, antecipou o clima festivo da Micareta de Feira de Santana, a mais tradicional do Brasil. 
O BlocON levou energia e alto-astral pelas principais ruas da cidade chamando atenção do público e transformando o local em um grande arrastão micareteiro. O slogan “Micareta com Skol é MicaretON”, foi a palavra de ordem da festa, animada pela sonoridade percussiva baiana e a batida eletrônica das principais pistas de dança do mundo. 
Segundo Fernando Bernardino, gerente comercial da Ambev, o BlocON foi apenas um abre alas para o que será a Micareta. A expectativa da marca é grande para este ano. “Levaremos o consumidor a vivenciar experiências intensas com a cerveja, em ações que vão contagiar o folião feirense. O BlocON foi apenas um aperitivo para o que estamos preparando”, ressaltou Bernardino. 
A cerveja Skol é a marca oficial da Micareta de Feira de Santana. A festa acontece de 28 de abril à 1 de maio. Responsável por uma das principais cotas de patrocínio, a Skol estará presente nos espaços mais tradicionais e apoiará dezenas de blocos, camarotes e ações para o folião pipoca. 

GALERIA DE FOTOS:






Crédito: Divulgação

quarta-feira, 20 de abril de 2016


O Circo dos Horrores na fatídica tarde do domingo 17 de abril  


O que fazer quando observamos um sentimento de ódio crescendo em torno de pessoas supostamente esclarecidas? O que fazer quando presenciamos agressões morais e físicas diante dos nossos olhos? O que fazer quando percebemos a condição humana de um cidadão sendo motivo de piada, deboche e espancamento? 

Imagino que todos se sentiriam revoltados e de alguma forma, pensariam em tomar atitudes diante da situação. Porém, na tarde do ultimo domingo, o Brasil presenciou um verdadeiro espetáculo dos horrores, em um picadeiro no qual os atores foram os nossos deputados federais, representantes legais escolhidos por voto popular. Uma verdadeira reverência explícita ao crime de tortura, à homofobia, à barbárie, à ditadura, e por incrível que pareça, a grande maioria dos nossos representantes parlamentares, o que fez? - Quando não foi protagonista, aplaudiu. 

O fato que presenciamos é mais uma faceta criminosa do deputado federal Jair Bolsonaro, que ao, presumir vitória a favor do impeachment contra a presidente Dilma Roussef, mostrou suas intensões de torturador, ao citar o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. 

Pra quem não sabe, o Ustra, foi torturador chefe comandante do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo no período de 1970 a 1974. O mesmo foi responsável por enfiar ratos nas vaginas de presas políticas, responsável também por espancar Amelinha Teles na chamada Cadeira do Dragão (uma espécie de cadeira elétrica, onde o indivíduo era colocado e amarrado aos pulsos, tendo fios introduzidos na boca, ouvido, uretra e bico do peito para sofrer descargas elétricas) deixando-a nua, machucada e ainda obrigando os filhos da torturada a presenciarem a mãe nessas condições lastimáveis. Na época as crianças tinham 4 e 5 anos de idade. 

Me questiono, abismado: - Como pode alguém aplaudir, ao ouvir reverências a este criminoso que fez parte de uma das mais tristes arranhaduras da história do nosso país?

É de se questionar o que está acontecendo. Existem pessoas que comungam essa cultura ao ódio e fazem questão de compartilhar em suas redes sociais, e nas rodas de conversas. São saudosistas de um tempo em que era possível silenciar quem manifestasse opinião contrária ao poder maior. 

O momento político que o Brasil está vivendo acende um sinal vermelho muito mais grave do que a questão do impeachment em si. Nossos representantes políticos estão acentuando um retrocesso humanitário que existe, está subjugado às entrelinhas, mas renasce fortemente, com o comportamento de ultraconservadores e reacionários como os senhores Jair Bossonaro, Marcos Feliciano, Luis Carlos Heize, Celso Russomanno e Eduardo Cunha, entre outros que não me representam. E isso, me dá medo! 

De tudo que tenho observado, o que mais me impressiona é saber que alguns deputados estão ali no parlamento disfarçados de representantes do povo, mas que na verdade são verdadeiros algozes dos direitos humanos. Trabalham para incitar o povo a agir conforme as suas vontades. Eles incitam o sentimento de ódio. Com isso, ganha força a possibilidade de repetir crimes como atear fogo em índios, agredir negros, linchar fisicamente e moralmente homossexuais, segregar aqueles que não forem abastados… enfim… crimes que estamos acostumados a ver diariamente na imprensa, e que cada vez tem se tornado comum na sociedade da barbárie. 

A prova horrenda desta sociedade da barbárie é que alguns brasileiros se identificam e apoiam este discursos xenofóbicos. Luis Carlos Heize, (PP) mesmo após ter dito que “quilombolas, índios, gays e lésbicas: tudo o que não presta”, ainda assim foi o deputado mais votado do Rio Grande do Sul. 

Não muito diferente dessa linha de pensamento, mas ainda pior, Celso Russomanno (PRB), Marcos Feliciano (PSC) foram os deputados mais votados em São Paulo, e no Rio de Janeiro. E no suprassumo do conservadorismo reacionário está Jair Bolsonaro (PP), o mentor de tantos projetos de lei, que envergonham qualquer cidadão brasileiro com o mínimo de percepção ética, e porque, não, estética da vida. 

É lamentável, mas algo deve ser feito, as mentes pensantes desse país precisam se unir e se fortalecer, usar voz em alto e bom tom para mostrar ao povo brasileiro que precisamos reconstruir nossos heróis e lembrar que nenhuma classe dominante pode ser mais forte do que as nossas conquistas por justiça e direitos humanos. 

Que não nos falte coragem, competência para que de alguma forma mudemos o curso dessa triste história que se anuncia. Ainda que eu tenha visto alguns poucos, fazendo a sua parte, muitas vezes acabam sendo silenciados por meio dessa nova e moderna forma de opressão. 

Infelizmente percebo que a nova história do Brasil está prestes repetir erros históricos do século passado, só que agora em tom de novela mexicana, em outro contexto e com novos personagens.

Nada do que foi dito coloca de lado a real importância desse momento politico. Não há como ignorar o pungente drama do povo brasileiro diante da crise econômica e política, mas nada disso deve ser capaz de nos tornar cegos para esse horror de ataques a nossa soberania que tentam fechar os olhos do Brasil, no momento em que os nossos direitos estão prestes a escapar por entre os dedos. 

Felizmente digo que eu posso não saber ao certo o que deve ser feito, mas garanto que tenho plena convicção de que jamais aceitarei ser agredido ou violentado moralmente por quem quer que seja. Como também jamais me calarei ao observar um eterno silêncio dos “bonzinhos” que apenas lamentem pelo ocorrido e nada fazem.   

















terça-feira, 22 de março de 2016


Política Nacional: um olhar para além das emoções



*Por Victor Lacerda

Após inúmeros recadinhos sobre a ausência do meu posicionamento, de forma pública, em relação ao cenário político no Brasil, eu resolvi falar um pouco do que eu penso sobre o assunto.

Percebo que para muitos, está difícil discutir sem envolvimento emocional e confesso que eu acho uma tremenda ignorância não consegui desenvolver diálogos imparciais, deixando de lado as ofensas pessoais e levando em conta apenas o futuro da nossa nação.

Não sou cientista político e não domino a Constituição Brasileira, mas como cidadão e comunicador eu me permito tomar conhecimento dos fatos e emitir opinião com base nos meus princípios e conhecimento de vida. E cá para nós, o que seria da Justiça e de cada um de nós, sem o conhecimento somando a opiniões.

Eu não quero aqui levantar bandeira contra, ou a favor, de nenhum partido político, e muito menos tornar da minha opinião um motivo de convencimento da ideologia alheia. Até porque eu também não me convenço facilmente. Sou muito questionador, sou contestador e preciso de provas e argumentos distintos para que me convençam de qualquer verdade.

Para ir direto ao ponto eu deixo claro que não estou satisfeito com o governo atual, como também não estou satisfeito com os rumos que essa história toda está tomando. O que não impede que eu reconheça os benefícios deste governo, que hoje me traz insatisfação, mas que em outros momentos me trouxe alegria. Isso não faz de mim um “coxinha” nem tampouco um “petralha” - Pensar assim me faz ter opinião transparente, sem fomentar pessimismos ou torcida ideológica.

Ao meu ver, o momento pede nada mais do que justiça. E para se fazer valer esse momento, é necessário que sigam a risca a Constituição, que estabelece as sólidas bases do Estado Democrático de Direito, tais como a Soberania Nacional e a separação dos Poderes. E que não se faça desse factoide desesperado, um Ato Inconstitucional.

Sou a favor da aplicação das leis. É com base nas leis que se devem tomar as decisões judiciais. É triste pensar que as questões políticas estão se resumindo em questões penais. Então se é dessa forma, que tenhamos prisão para todo e qualquer culpado, pena justa para os condenados e vetos para os impedimentos comprovados e julgados. Repito: comprovados e julgados.

Não sou a favor de Impeachment, sem que antes se conclua todo procedimento e se cheguem as provas concretas. Não sou a favor de um Impeachment onde os grandes inflamadores da causa, são pessoas tão gananciosas pela recuperação do poder, tal qual alguns que estão em julgamento hoje.

Não sou a favor de um Impeachment que utiliza o povo como massa de manobra para interesses políticos daqueles que sabem como ninguém, utilizar a força da imprensa e da mídia para formar opiniões coléricas. Falo com propriedade porquê de imprensa e mídia eu entendo muito bem.

E justo por não ser a favor do Impeachment infundado, que eu gostaria muito de ver um equilíbrio do Poder Constituído, para conduzir esse processo com muita transparência, equidade, licitude e retidão.

Se por ventura chegarem a uma conclusão cabível de Impeachment, que assim se faça apresentando as provas e mostrando a população brasileira que a Democracia só se constrói com o amparo da Lei.

Eu sou completamente à favor do combate à corrupção, mas não podemos deixar que isso, contraditoriamente, corrompa a nossa Constituição. Entendam que se por conta dos processos da Operação Lava Jato, das chamadas pedaladas fiscais e de tantos outros processos investigatórios, abram-se precedentes para infringir as leis. Mais cedo ou mais tarde, toda essa história terá um final ainda mais arrasador, do que se anuncia.

É crucial que se garantam os direitos conquistados, caso contrário, mais uma vez a população fragilizada, irá sofrer com o afronto constitucional que está ocorrendo em nosso país. Quando eu falo de população fragilizada, eu me refiro a aqueles que no passado nunca imaginaram frequentar a universidade, que nunca imaginaram deixar de ser estatística de quatro gerações de domésticas e se tornar doutora em medicina, falo também da população carcerária, que em sua absoluta maioria é composta por negros e pobres da periferia.

Falo de mim e de você, que de alguma forma, teve acesso a oportunidades, devido a uma Constituição que defende os Direitos Humanos, ainda que não tão bem aplicados, mas que em suma, possuem significativas conquistas em seus princípios.

Não podemos deixar nosso conhecimento histórico de lado, precisamos prestar atenção também no que está ocorrendo por trás das lentes dos noticiários. E quando paro para analisar, infelizmente o que eu vejo é uma enorme nostalgia por parte de alguns, daquela velho poder que tinham de outorgar a alguém, a capacidade de dizer o que pode ser dito e não dito, e o que não pode ser mostrado. Só espero que se lembrem que a censura poupa o corvo e maltrata a pomba.

Concluo o meu pensamento ou desabafo no intuito de renovar a esperança de que todos consigam conversar sobre o tema, buscar um diálogo sério, mas cordial sobre o futuro do nosso país. Assim você, que conseguiu ler este texto até o final, estará contribuindo não apenas para a formação de um pensamento político, mas também para um discurso politizado e cidadão. Agindo assim, você estará construindo uma opinião, se não mais “limpa”, ao menos mais madura e mais respeitosa com aqueles que divergem da sua verdade.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

DOIS DE JULHO, aniversário de Zélia Gattai



Se estivesse viva, a escritóra Zélia Gattai completaria hoje (2 de julho) 99 anos. Para reverenciar a data em homenagem à esposa de Jorge Amado, A DOC Expõe promoverá um coquetel par aartistas, políticos, jornalistas e amigos da família, na Casa do Rio Vermelho.
Algumas personalidades já confirmaram presença, entre elas os netos Jonga Amado e Maria joão, o secretário de Turismo de Salvador Érico Mendonça, além de João Carlos Oliveira , diretor do IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia) e Demétrio Lisboa, presidente da Mansão do Caminho. O buffet será assinado pelo Giramundo Cerimonial.
A comemoração marca também o início da Doc-Expõe na gestão do Memorial "Casa Rio Vermelho - Jorge Amado e Zélia Gattai", localizado no bairro do Rio Vermelho, casarão onde o casal Amado morou durante 37 anos.
A relação da Doc-Expõe com a família Amado é de longas datas. A história começou em 2003, ano que a empresa, dirigida pela museóloga Ângela Petitinga, realizou o primeiro inventário do acervo do escritor, quando Zélia Gattai ainda era viva. O trabalho não parou por aí.
No ano passado, Doc-Expõe assinou a curadoria da Exposição "Casa do Rio Vermelho”, no Shopping da Bahia. Além disso, participou também da montagem do Memorial - inaugurado em novembro de 2014.

Sobre a Doc-Expõe
Empresa baiana pioneira no Norte e Nordeste na prestação de serviços nas áreas de Documentação Empresarial; Museologia; Expografia e Projetos Culturais. Dentro de sua expertise, tem concebido e executado projetos para Museus, Memoriais, Centros de Cultura, através de exposições de curta e longa duração para Empresas Públicas e Privadas.
Fundada em maio de 1996, para gerir o Inventário de Bens Móveis e Integrados do Estado da Bahia com o Patrocínio da Fundação Vitae e coordenação do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e para mapear os acervos históricos dos bens móveis da Bahia, trabalho realizado até o ano de 2004.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

“Seja lá no fundo de cada um ou mesmo até no raso mais transparente do comportamento, a gente acaba sendo um pouco de cada personagem narrado em suas obras.”







Por Victor Lacerda
E foi ali, na Rua Alagoinhas, número 33, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador da Bahia, que eu tive o prazer de visitar por meia dúzia de vezes, a convite de João Jorge Amado Filho, uma das mais importantes casas, cujo morador celebre é um dos mais famosos nomes da história da literatura brasileira. A moradia do escritor Jorge Amado.
Em cada canto, se faz viva a história do homem que trouxe para Bahia o valor de sentir-se bela quando mostrou ao mundo a nossa cor e o nosso jeito de ser, o nosso tempero, o nosso dendê, a nossa fé, os nossos santos, os nossos tambôs e os nossos orixás.
Repleta de obras de arte, a casa tem azulejos pintados por artistas famosos e guarda a história de vida e os hábitos do escritor. Nesse lugar, também estão depositadas as suas cinzas de Jorge, sob uma enorme mangueira no quintal. Recordo que em uma das visitas acompanhei Jonga colocando a cachaça do Exú que recebe os visitantes no jardim da casa. Esse costume do neto de Jorge Amado é um legado do avô, que servia a birita do Exú em toda segunda-feira, religiosamente. Ali também eu pude conhecer o escritório de Jorge Amado, uma espécie de biblioteca com muitas prateleiras de madeira e uma vista para a ladeira da Rua Alagoinhas.
Essas visitas me trouxeram um sentimento de orgulho por ser baiano e ver que um grande nome da minha terra morou, viveu e divulgou a nossa cultura tal qual ela foi relatada em suas obras. A casa é um retrato da história e merece que tenha suas portas abertas para que o mundo possa também compartilhar dessa mesma experiência que eu tive.
Infelizmente, a casa encontra-se fechada desde 2003, quando a mulher de Jorge, a também brilhante escritora Zélia Gattai, que eu tive o prazer de trabalhar em um projeto, mudou-se. Porém, a vontade de dona Zélia era que o imóvel fosse transformado em memorial. Mas, infelizmente, dona Zélia não pôde ver seu sonho realizado e hoje essa tarefa ficou nas mãos da família Amado que luta para que a casa seja um museu similar ao de outros artistas, como o escritor russo Léon Tolstoi, o português José Saramago e o também escritor inglês Charles Dickens, cujas residências se tornaram museus, em Moscou, Portugal e Londres, respectivamente.
Quem é baiano sabe, está pra nascer alguém nessa terra que não se enxergue, ao ler os livros de Jorge Amado. Seja lá no fundo de cada um ou mesmo até no raso mais transparente do comportamento, a gente acaba sendo um pouco de cada personagem narrado em suas obras. E temos um pouquinho de cada um, do mais bom moço ao mais cruel, da mais santa inocente a puta mais decadente.
A vida do nosso escritor precisa ser contada e experimentada por todos. A casa do escritor precisa ficar com as portas abertas para mostrar-se ao mundo como era a vida de um dos nossos maiores artistas e o seu universo. 
A Bahia comemora hoje, o centenário do nascimento do escrito Jorge Amado, e como forma de homenagem, eu o agradeço por ter me apresentado através de suas obras: uma Bahia vestida de poesia! Uma Bahia reinventada. Uma Bahia temperada e quente. Assim, eu conheci a Bahia, terra da felicidade em que eu nasci e me criei. Bebendo das mais variadas fontes de cultura e matando a minha sede de conhecimento nos livros que eu li, em cada coisa que eu vi, em cada lugar que eu passei e, sobretudo, aprendendo muito com as histórias do escritor Jorge Amado.
+ Confira aqui uma carta (exclusiva) incluída no livro de correspondência Jorge Amado - Zélia Gattai, lançado este mês pela Companhia das Letras. Já estão abertas também as inscrições para o “Curso Jorge Amado 2012 – II Colóquio de Literatura Brasileira”. O evento, que integra o calendário das atividades comemorativas ao centenário do escritor, contará com o tema Jorge Amado, 100 anos escrevendo o Brasil e é promovido pela Fundação Casa de Jorge Amado (FCJA) em parceria com a Academia de Letras da Bahia (ALB). O curso ocorrerá entre os dias 13 e 17 de agosto e será realizado sempre à tarde, nas sedes das duas instituições. Mais informações visite o site da Fundação Casa de Jorge Amado: www.jorgeamado.org.br Confira aqui também, outro texto meu sobre um encontro com a linda Zélia Gattai.
Adesivo feito por Jonga Filho, uma replica do azulejo existente na entrada 
da casa que foi desenhado por Carybé: a armadura do orixá e o ano.
 Lendo as boas matérias na internet sobre Jorge Amado, achei essa carta endereçada ao Affonso Romano Santanna, que já fez vários ensaios sobre Jorge. O último revela que o Quincas Berro D’água existiu mesmo e era cearense e morreu no Rio. Mas, o mais curioso, olhem essa carta, os desenhos na margem, o tropicalismo baiano-brasileiro.
 O ator Emílio Orciollo Neto foi um dos ilustres visitantes à exposição da 
Fundação Casa de Jorge Amado nesta semana.

terça-feira, 24 de julho de 2012

A história de Raí que não nos contaram

Depois de pendurar as chuteiras, ao contrário de outros famosos, o craque fez e faz muito pelo social. Mas foi lembrado agora só por causa de sua sexualidade.


Hipocrisia da mídia e das redes sociais: Raí tem um belo
projeto social com crianças, chamado Gol de Letra (foto
abaixo). Mas vira notícia por suposto caso com Zeca Camargo
 
Por: Elder Dias
@elderdias

Raí com certeza está na galeria dos maiores jogadores da história recente do futebol brasileiro. Não foi um gênio da bola, nem perto do que foi  Pelé, Zico ou mesmo de seu contemporâneo Romário ou seu irmão mais velho, Sócrates — aliás o ex-craque do São Paulo foi salvo pela mãe de se chamar Xenofonte: o pai, Raimundo, fã dos gregos clássicos, já havia batizado outros dois filhos como Sófocles e Sóstenes.
No futebol e nas relações pessoais, Raí Souza Vieira de Oliveira sempre primou pela elegância. Jogava o fino da bola nos gramados e era um gentleman fora deles. No fim da carreira, Raí resolveu "curtir a vida": com o amigo e também jogador Leonardo, idealizou e criou em 1998 a Fundação Gol de Letra, que assiste mais de 1,2 mil crianças em suas duas sedes — Vila Albertina, em São Paulo, e no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.
A entidade filantrópica foi resultado de sua experiência na França, onde jogou de 1993 a 1998, tornando-se ídolo no Paris Saint-Germain. Lá, percebeu que sua filha estudava na mesma escola que a de sua empregada. Achou aquilo bem justo e bem oposto ao que ocorria e ocorre em sua terra natal. Hoje, a Gol de Letra é considerada uma instituição referência pela Unesco, o braço social da ONU para educação e cultura.
Em 2006, ele novamente saiu à frente de outros colegas famosos do esporte: nasceu a Atletas Pela Cidadania, uma organização sem fins lucrativos que reúne atletas e ex-atletas de diferentes épocas e várias modalidades para usar seu prestígio na mobilização por causas sociais importantes para o Brasil. A entidade apoiou a Lei do Aprendiz e investe seus esforços principalmente em oportunidades para a juventude. Monitorando a execução de políticas públicas, pressiona o governo para o cumprimento de ações concretas em prol do desenvolvimento do País. Preocupa-se com o apoio a pesquisas e debates de relevância para o futuro nacional.
Raí nunca se envolveu em escândalos e farras. Nem como atleta nem como ex-atleta. Foi pai aos 17 anos e avô aos 34 — sua neta, hoje, tem já 13 anos. Casou-se duas vezes, a última com a chef Daniela Dahoui, de quem se separou há dois anos. Tem, ao que parece, uma ótima relação com as ex-mulheres e a família em geral. 
 
Alguns meses atrás, soube-se de um suposto envolvimento entre o jornalista Zeca Camargo e o ex-jogador Raí. Boatos, nada mais do que boatos, como aquele que espalha que Jô Soares é gay, ou o que coloca a cantora Paula Fernandes em casos amoroso com políticos, ou, ainda, o que conta um pacto com o "coisa ruim" feito por Xuxa para chegar ao sucesso. É a vingança daqueles que não chegaram à fama e se incomodam, de alguma forma, com o fato.

No último fim de semana, os boatos sobre um caso entre Raí e Zeca se agravaram e chegaram ao ápice nas redes (de intrigas) sociais durante o "Fantástico", programa do qual o jornalista é apresentador.
Dizem que o global é gay. Dizem que ambos têm sido vistos juntos muitas vezes ultimamente. Não sei.
O que sei é que temos nós, raça humana, uma atração sedutoramente mórbida por aquilo que o outro (ou a outra) faz entre as quatro paredes. Engraçado: culpa-se a religião, especialmente a dos cristãos, por se ater ao pecado sexual. Mas, nos dizendo "laicos" ou "agnósticos", não conseguimos deixar de querer saber o procedimento de outras pessoas  em questões íntimas. Estranho, não? Freud explica. Explica?
O que não se explica — ou, pelo contrário, talvez explique muita coisa — é não darmos pelo menos o mesmo peso às outras facetas da mesma pessoa. No futuro, o que se saberá mais de Raí? O que fez pelas milhares de crianças do Gol de Letra? Ou o que ele supostamente fez — ou não fez, já que ninguém que espalha boatos esteve realmente lá para contar — na cama com mulheres e homens?
O cara salva milhares de crianças de uma vida marginal, mas fica marcado por gostar de alguém do mesmo sexo. Somos mesmo uma raça ruim.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

SEDUÇÃO

Para alguns é uma arma, para outros um artifício, e para a humanidade é uma questão de sobrevivência. 


Por Victor Lacerda

A sedução faz parte da vida, é um dom essencial à natureza humana. Não há ser vivo que não saiba seduzir. Utilizamos desse poder a todo momento em nossa rotina diária de forma proposital, ou não, para conseguir aquilo que desejamos.

Os caminhos que utilizamos para conquistar algo, seja uma pessoa, um objeto ou até mesmo uma nova forma de realizar a nossa vontade passam pelos trilhos da sedução. Colocamos em prática essa capacidade quando estamos investindo em uma paquera ou, também, quando criança sabemos com jeitinho seduzir nossos pais para conseguir o presente que tanto queríamos.

A sedução desperta em nossa essência a força da disputa e por isso revela em nossas atitudes um ato instintivo de conquista, sendo uma de nossas armas mais eficazes. Seduzir é convencer o outro da nossa vontade e esse convencimento se vale do impeto de se mostrar convincente. E é um jogo aplicado nos mais diversos ambiente.

As lojas que gostamos de fazer compras, os amigos que convivemos, tudo passou por um processo de sedução. Seduzimos para dar início ao processo de troca de valores entre duas partes. Se você deseja agregar valores será atraído pelos valores que lhes cabem e logo também será alvo de atração de outros que desejam partilhar com você os seus próprios valores. Ser um sedutor é saber lidar com todas essas facetas e entender como funciona o desejo dos seres humanos.

Essa fantástica arte é aprendida com as experiências adquiridas na história de vida. Naturalmente sabemos as formas ideais para se conseguir aquilo que desejamos e, talvez, esteja aí o segredo de alguns grandes conquistadores do universo: o saber seduzir.

Muito diferente do que se pensa, nem todas formas de sedução tem  como fim específico o ato sexual. De fato, a atração entre homens e mulheres é o exemplo que melhor se aplica à sedução. Por mais que alguns especialistas afirmem que existem fórmulas para seduzi alguém, o dia a dia mostra que não existem segredos e sim a ausência deles. Ser natural, se mostrar transparente e sincero são qualidades que atraem as pessoas e passam confiança para um contato mais intímo e abrem portas para se permitir ser seduzido. Timídez e insegurança só atrapalham a aproximação de uma pessoa interessante. Saber paquerar é um dom e depende apensas de cada um de nós. Além disso, é importante lembrar que o nosso corpo fala e essa linguagem é uma peça fundamental nessa arte da sedução. O olhar tem que ser firme e capaz de mirar no olho do outro de forma fixa, olhar na boca também é uma boa dica para aqueles que desejam de fato um beijo naquela hora. O sorriso revela o quanto você pode ser divertido e essa qualidade é, sem sombra de dúvidas, um forte atrativo para qualquer um, afinal, é sempre agradável ter alguém de bem com a vida ao nosso lado.

Não existe sedução sem uma autoimagem equilibrada e amor próprio, se a pessoa não se sente confiante o suficiente para conquistar ninguém não será jamais alvo de sedução. Portanto, um passo imprescindível para ser tornar um bom sedutor é desenvolver sua auto-estima, acreditar em você e se valorizar!