sexta-feira, 22 de abril de 2016

BlocON Skol antecipa clima festivo da Micareta de Feira

  

Time Ambev presente no BlocOn: Fernando Bernadino, Maria Eduarda Barreto, José Maycon, Lorena Mastrolorenzo e Paulo Ricardo. (Crédito: Divulgação)

O BlocON Skol - um bloquinho percussivo, jovem, democrático e diferente animou a tarde desta quinta-feira (21), feriado de Tiradentes. O arrastão com a participação de artistas, jornalistas, blogueiros e formadores de opinião, antecipou o clima festivo da Micareta de Feira de Santana, a mais tradicional do Brasil. 
O BlocON levou energia e alto-astral pelas principais ruas da cidade chamando atenção do público e transformando o local em um grande arrastão micareteiro. O slogan “Micareta com Skol é MicaretON”, foi a palavra de ordem da festa, animada pela sonoridade percussiva baiana e a batida eletrônica das principais pistas de dança do mundo. 
Segundo Fernando Bernardino, gerente comercial da Ambev, o BlocON foi apenas um abre alas para o que será a Micareta. A expectativa da marca é grande para este ano. “Levaremos o consumidor a vivenciar experiências intensas com a cerveja, em ações que vão contagiar o folião feirense. O BlocON foi apenas um aperitivo para o que estamos preparando”, ressaltou Bernardino. 
A cerveja Skol é a marca oficial da Micareta de Feira de Santana. A festa acontece de 28 de abril à 1 de maio. Responsável por uma das principais cotas de patrocínio, a Skol estará presente nos espaços mais tradicionais e apoiará dezenas de blocos, camarotes e ações para o folião pipoca. 

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Crédito: Divulgação

quarta-feira, 20 de abril de 2016


O Circo dos Horrores na fatídica tarde do domingo 17 de abril  


O que fazer quando observamos um sentimento de ódio crescendo em torno de pessoas supostamente esclarecidas? O que fazer quando presenciamos agressões morais e físicas diante dos nossos olhos? O que fazer quando percebemos a condição humana de um cidadão sendo motivo de piada, deboche e espancamento? 

Imagino que todos se sentiriam revoltados e de alguma forma, pensariam em tomar atitudes diante da situação. Porém, na tarde do ultimo domingo, o Brasil presenciou um verdadeiro espetáculo dos horrores, em um picadeiro no qual os atores foram os nossos deputados federais, representantes legais escolhidos por voto popular. Uma verdadeira reverência explícita ao crime de tortura, à homofobia, à barbárie, à ditadura, e por incrível que pareça, a grande maioria dos nossos representantes parlamentares, o que fez? - Quando não foi protagonista, aplaudiu. 

O fato que presenciamos é mais uma faceta criminosa do deputado federal Jair Bolsonaro, que ao, presumir vitória a favor do impeachment contra a presidente Dilma Roussef, mostrou suas intensões de torturador, ao citar o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. 

Pra quem não sabe, o Ustra, foi torturador chefe comandante do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo no período de 1970 a 1974. O mesmo foi responsável por enfiar ratos nas vaginas de presas políticas, responsável também por espancar Amelinha Teles na chamada Cadeira do Dragão (uma espécie de cadeira elétrica, onde o indivíduo era colocado e amarrado aos pulsos, tendo fios introduzidos na boca, ouvido, uretra e bico do peito para sofrer descargas elétricas) deixando-a nua, machucada e ainda obrigando os filhos da torturada a presenciarem a mãe nessas condições lastimáveis. Na época as crianças tinham 4 e 5 anos de idade. 

Me questiono, abismado: - Como pode alguém aplaudir, ao ouvir reverências a este criminoso que fez parte de uma das mais tristes arranhaduras da história do nosso país?

É de se questionar o que está acontecendo. Existem pessoas que comungam essa cultura ao ódio e fazem questão de compartilhar em suas redes sociais, e nas rodas de conversas. São saudosistas de um tempo em que era possível silenciar quem manifestasse opinião contrária ao poder maior. 

O momento político que o Brasil está vivendo acende um sinal vermelho muito mais grave do que a questão do impeachment em si. Nossos representantes políticos estão acentuando um retrocesso humanitário que existe, está subjugado às entrelinhas, mas renasce fortemente, com o comportamento de ultraconservadores e reacionários como os senhores Jair Bossonaro, Marcos Feliciano, Luis Carlos Heize, Celso Russomanno e Eduardo Cunha, entre outros que não me representam. E isso, me dá medo! 

De tudo que tenho observado, o que mais me impressiona é saber que alguns deputados estão ali no parlamento disfarçados de representantes do povo, mas que na verdade são verdadeiros algozes dos direitos humanos. Trabalham para incitar o povo a agir conforme as suas vontades. Eles incitam o sentimento de ódio. Com isso, ganha força a possibilidade de repetir crimes como atear fogo em índios, agredir negros, linchar fisicamente e moralmente homossexuais, segregar aqueles que não forem abastados… enfim… crimes que estamos acostumados a ver diariamente na imprensa, e que cada vez tem se tornado comum na sociedade da barbárie. 

A prova horrenda desta sociedade da barbárie é que alguns brasileiros se identificam e apoiam este discursos xenofóbicos. Luis Carlos Heize, (PP) mesmo após ter dito que “quilombolas, índios, gays e lésbicas: tudo o que não presta”, ainda assim foi o deputado mais votado do Rio Grande do Sul. 

Não muito diferente dessa linha de pensamento, mas ainda pior, Celso Russomanno (PRB), Marcos Feliciano (PSC) foram os deputados mais votados em São Paulo, e no Rio de Janeiro. E no suprassumo do conservadorismo reacionário está Jair Bolsonaro (PP), o mentor de tantos projetos de lei, que envergonham qualquer cidadão brasileiro com o mínimo de percepção ética, e porque, não, estética da vida. 

É lamentável, mas algo deve ser feito, as mentes pensantes desse país precisam se unir e se fortalecer, usar voz em alto e bom tom para mostrar ao povo brasileiro que precisamos reconstruir nossos heróis e lembrar que nenhuma classe dominante pode ser mais forte do que as nossas conquistas por justiça e direitos humanos. 

Que não nos falte coragem, competência para que de alguma forma mudemos o curso dessa triste história que se anuncia. Ainda que eu tenha visto alguns poucos, fazendo a sua parte, muitas vezes acabam sendo silenciados por meio dessa nova e moderna forma de opressão. 

Infelizmente percebo que a nova história do Brasil está prestes repetir erros históricos do século passado, só que agora em tom de novela mexicana, em outro contexto e com novos personagens.

Nada do que foi dito coloca de lado a real importância desse momento politico. Não há como ignorar o pungente drama do povo brasileiro diante da crise econômica e política, mas nada disso deve ser capaz de nos tornar cegos para esse horror de ataques a nossa soberania que tentam fechar os olhos do Brasil, no momento em que os nossos direitos estão prestes a escapar por entre os dedos. 

Felizmente digo que eu posso não saber ao certo o que deve ser feito, mas garanto que tenho plena convicção de que jamais aceitarei ser agredido ou violentado moralmente por quem quer que seja. Como também jamais me calarei ao observar um eterno silêncio dos “bonzinhos” que apenas lamentem pelo ocorrido e nada fazem.   

















terça-feira, 22 de março de 2016


Política Nacional: um olhar para além das emoções



*Por Victor Lacerda

Após inúmeros recadinhos sobre a ausência do meu posicionamento, de forma pública, em relação ao cenário político no Brasil, eu resolvi falar um pouco do que eu penso sobre o assunto.

Percebo que para muitos, está difícil discutir sem envolvimento emocional e confesso que eu acho uma tremenda ignorância não consegui desenvolver diálogos imparciais, deixando de lado as ofensas pessoais e levando em conta apenas o futuro da nossa nação.

Não sou cientista político e não domino a Constituição Brasileira, mas como cidadão e comunicador eu me permito tomar conhecimento dos fatos e emitir opinião com base nos meus princípios e conhecimento de vida. E cá para nós, o que seria da Justiça e de cada um de nós, sem o conhecimento somando a opiniões.

Eu não quero aqui levantar bandeira contra, ou a favor, de nenhum partido político, e muito menos tornar da minha opinião um motivo de convencimento da ideologia alheia. Até porque eu também não me convenço facilmente. Sou muito questionador, sou contestador e preciso de provas e argumentos distintos para que me convençam de qualquer verdade.

Para ir direto ao ponto eu deixo claro que não estou satisfeito com o governo atual, como também não estou satisfeito com os rumos que essa história toda está tomando. O que não impede que eu reconheça os benefícios deste governo, que hoje me traz insatisfação, mas que em outros momentos me trouxe alegria. Isso não faz de mim um “coxinha” nem tampouco um “petralha” - Pensar assim me faz ter opinião transparente, sem fomentar pessimismos ou torcida ideológica.

Ao meu ver, o momento pede nada mais do que justiça. E para se fazer valer esse momento, é necessário que sigam a risca a Constituição, que estabelece as sólidas bases do Estado Democrático de Direito, tais como a Soberania Nacional e a separação dos Poderes. E que não se faça desse factoide desesperado, um Ato Inconstitucional.

Sou a favor da aplicação das leis. É com base nas leis que se devem tomar as decisões judiciais. É triste pensar que as questões políticas estão se resumindo em questões penais. Então se é dessa forma, que tenhamos prisão para todo e qualquer culpado, pena justa para os condenados e vetos para os impedimentos comprovados e julgados. Repito: comprovados e julgados.

Não sou a favor de Impeachment, sem que antes se conclua todo procedimento e se cheguem as provas concretas. Não sou a favor de um Impeachment onde os grandes inflamadores da causa, são pessoas tão gananciosas pela recuperação do poder, tal qual alguns que estão em julgamento hoje.

Não sou a favor de um Impeachment que utiliza o povo como massa de manobra para interesses políticos daqueles que sabem como ninguém, utilizar a força da imprensa e da mídia para formar opiniões coléricas. Falo com propriedade porquê de imprensa e mídia eu entendo muito bem.

E justo por não ser a favor do Impeachment infundado, que eu gostaria muito de ver um equilíbrio do Poder Constituído, para conduzir esse processo com muita transparência, equidade, licitude e retidão.

Se por ventura chegarem a uma conclusão cabível de Impeachment, que assim se faça apresentando as provas e mostrando a população brasileira que a Democracia só se constrói com o amparo da Lei.

Eu sou completamente à favor do combate à corrupção, mas não podemos deixar que isso, contraditoriamente, corrompa a nossa Constituição. Entendam que se por conta dos processos da Operação Lava Jato, das chamadas pedaladas fiscais e de tantos outros processos investigatórios, abram-se precedentes para infringir as leis. Mais cedo ou mais tarde, toda essa história terá um final ainda mais arrasador, do que se anuncia.

É crucial que se garantam os direitos conquistados, caso contrário, mais uma vez a população fragilizada, irá sofrer com o afronto constitucional que está ocorrendo em nosso país. Quando eu falo de população fragilizada, eu me refiro a aqueles que no passado nunca imaginaram frequentar a universidade, que nunca imaginaram deixar de ser estatística de quatro gerações de domésticas e se tornar doutora em medicina, falo também da população carcerária, que em sua absoluta maioria é composta por negros e pobres da periferia.

Falo de mim e de você, que de alguma forma, teve acesso a oportunidades, devido a uma Constituição que defende os Direitos Humanos, ainda que não tão bem aplicados, mas que em suma, possuem significativas conquistas em seus princípios.

Não podemos deixar nosso conhecimento histórico de lado, precisamos prestar atenção também no que está ocorrendo por trás das lentes dos noticiários. E quando paro para analisar, infelizmente o que eu vejo é uma enorme nostalgia por parte de alguns, daquela velho poder que tinham de outorgar a alguém, a capacidade de dizer o que pode ser dito e não dito, e o que não pode ser mostrado. Só espero que se lembrem que a censura poupa o corvo e maltrata a pomba.

Concluo o meu pensamento ou desabafo no intuito de renovar a esperança de que todos consigam conversar sobre o tema, buscar um diálogo sério, mas cordial sobre o futuro do nosso país. Assim você, que conseguiu ler este texto até o final, estará contribuindo não apenas para a formação de um pensamento político, mas também para um discurso politizado e cidadão. Agindo assim, você estará construindo uma opinião, se não mais “limpa”, ao menos mais madura e mais respeitosa com aqueles que divergem da sua verdade.