sexta-feira, 10 de agosto de 2012

“Seja lá no fundo de cada um ou mesmo até no raso mais transparente do comportamento, a gente acaba sendo um pouco de cada personagem narrado em suas obras.”







Por Victor Lacerda
E foi ali, na Rua Alagoinhas, número 33, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador da Bahia, que eu tive o prazer de visitar por meia dúzia de vezes, a convite de João Jorge Amado Filho, uma das mais importantes casas, cujo morador celebre é um dos mais famosos nomes da história da literatura brasileira. A moradia do escritor Jorge Amado.
Em cada canto, se faz viva a história do homem que trouxe para Bahia o valor de sentir-se bela quando mostrou ao mundo a nossa cor e o nosso jeito de ser, o nosso tempero, o nosso dendê, a nossa fé, os nossos santos, os nossos tambôs e os nossos orixás.
Repleta de obras de arte, a casa tem azulejos pintados por artistas famosos e guarda a história de vida e os hábitos do escritor. Nesse lugar, também estão depositadas as suas cinzas de Jorge, sob uma enorme mangueira no quintal. Recordo que em uma das visitas acompanhei Jonga colocando a cachaça do Exú que recebe os visitantes no jardim da casa. Esse costume do neto de Jorge Amado é um legado do avô, que servia a birita do Exú em toda segunda-feira, religiosamente. Ali também eu pude conhecer o escritório de Jorge Amado, uma espécie de biblioteca com muitas prateleiras de madeira e uma vista para a ladeira da Rua Alagoinhas.
Essas visitas me trouxeram um sentimento de orgulho por ser baiano e ver que um grande nome da minha terra morou, viveu e divulgou a nossa cultura tal qual ela foi relatada em suas obras. A casa é um retrato da história e merece que tenha suas portas abertas para que o mundo possa também compartilhar dessa mesma experiência que eu tive.
Infelizmente, a casa encontra-se fechada desde 2003, quando a mulher de Jorge, a também brilhante escritora Zélia Gattai, que eu tive o prazer de trabalhar em um projeto, mudou-se. Porém, a vontade de dona Zélia era que o imóvel fosse transformado em memorial. Mas, infelizmente, dona Zélia não pôde ver seu sonho realizado e hoje essa tarefa ficou nas mãos da família Amado que luta para que a casa seja um museu similar ao de outros artistas, como o escritor russo Léon Tolstoi, o português José Saramago e o também escritor inglês Charles Dickens, cujas residências se tornaram museus, em Moscou, Portugal e Londres, respectivamente.
Quem é baiano sabe, está pra nascer alguém nessa terra que não se enxergue, ao ler os livros de Jorge Amado. Seja lá no fundo de cada um ou mesmo até no raso mais transparente do comportamento, a gente acaba sendo um pouco de cada personagem narrado em suas obras. E temos um pouquinho de cada um, do mais bom moço ao mais cruel, da mais santa inocente a puta mais decadente.
A vida do nosso escritor precisa ser contada e experimentada por todos. A casa do escritor precisa ficar com as portas abertas para mostrar-se ao mundo como era a vida de um dos nossos maiores artistas e o seu universo. 
A Bahia comemora hoje, o centenário do nascimento do escrito Jorge Amado, e como forma de homenagem, eu o agradeço por ter me apresentado através de suas obras: uma Bahia vestida de poesia! Uma Bahia reinventada. Uma Bahia temperada e quente. Assim, eu conheci a Bahia, terra da felicidade em que eu nasci e me criei. Bebendo das mais variadas fontes de cultura e matando a minha sede de conhecimento nos livros que eu li, em cada coisa que eu vi, em cada lugar que eu passei e, sobretudo, aprendendo muito com as histórias do escritor Jorge Amado.
+ Confira aqui uma carta (exclusiva) incluída no livro de correspondência Jorge Amado - Zélia Gattai, lançado este mês pela Companhia das Letras. Já estão abertas também as inscrições para o “Curso Jorge Amado 2012 – II Colóquio de Literatura Brasileira”. O evento, que integra o calendário das atividades comemorativas ao centenário do escritor, contará com o tema Jorge Amado, 100 anos escrevendo o Brasil e é promovido pela Fundação Casa de Jorge Amado (FCJA) em parceria com a Academia de Letras da Bahia (ALB). O curso ocorrerá entre os dias 13 e 17 de agosto e será realizado sempre à tarde, nas sedes das duas instituições. Mais informações visite o site da Fundação Casa de Jorge Amado: www.jorgeamado.org.br Confira aqui também, outro texto meu sobre um encontro com a linda Zélia Gattai.
Adesivo feito por Jonga Filho, uma replica do azulejo existente na entrada 
da casa que foi desenhado por Carybé: a armadura do orixá e o ano.
 Lendo as boas matérias na internet sobre Jorge Amado, achei essa carta endereçada ao Affonso Romano Santanna, que já fez vários ensaios sobre Jorge. O último revela que o Quincas Berro D’água existiu mesmo e era cearense e morreu no Rio. Mas, o mais curioso, olhem essa carta, os desenhos na margem, o tropicalismo baiano-brasileiro.
 O ator Emílio Orciollo Neto foi um dos ilustres visitantes à exposição da 
Fundação Casa de Jorge Amado nesta semana.

terça-feira, 24 de julho de 2012

A história de Raí que não nos contaram

Depois de pendurar as chuteiras, ao contrário de outros famosos, o craque fez e faz muito pelo social. Mas foi lembrado agora só por causa de sua sexualidade.


Hipocrisia da mídia e das redes sociais: Raí tem um belo
projeto social com crianças, chamado Gol de Letra (foto
abaixo). Mas vira notícia por suposto caso com Zeca Camargo
 
Por: Elder Dias
@elderdias

Raí com certeza está na galeria dos maiores jogadores da história recente do futebol brasileiro. Não foi um gênio da bola, nem perto do que foi  Pelé, Zico ou mesmo de seu contemporâneo Romário ou seu irmão mais velho, Sócrates — aliás o ex-craque do São Paulo foi salvo pela mãe de se chamar Xenofonte: o pai, Raimundo, fã dos gregos clássicos, já havia batizado outros dois filhos como Sófocles e Sóstenes.
No futebol e nas relações pessoais, Raí Souza Vieira de Oliveira sempre primou pela elegância. Jogava o fino da bola nos gramados e era um gentleman fora deles. No fim da carreira, Raí resolveu "curtir a vida": com o amigo e também jogador Leonardo, idealizou e criou em 1998 a Fundação Gol de Letra, que assiste mais de 1,2 mil crianças em suas duas sedes — Vila Albertina, em São Paulo, e no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.
A entidade filantrópica foi resultado de sua experiência na França, onde jogou de 1993 a 1998, tornando-se ídolo no Paris Saint-Germain. Lá, percebeu que sua filha estudava na mesma escola que a de sua empregada. Achou aquilo bem justo e bem oposto ao que ocorria e ocorre em sua terra natal. Hoje, a Gol de Letra é considerada uma instituição referência pela Unesco, o braço social da ONU para educação e cultura.
Em 2006, ele novamente saiu à frente de outros colegas famosos do esporte: nasceu a Atletas Pela Cidadania, uma organização sem fins lucrativos que reúne atletas e ex-atletas de diferentes épocas e várias modalidades para usar seu prestígio na mobilização por causas sociais importantes para o Brasil. A entidade apoiou a Lei do Aprendiz e investe seus esforços principalmente em oportunidades para a juventude. Monitorando a execução de políticas públicas, pressiona o governo para o cumprimento de ações concretas em prol do desenvolvimento do País. Preocupa-se com o apoio a pesquisas e debates de relevância para o futuro nacional.
Raí nunca se envolveu em escândalos e farras. Nem como atleta nem como ex-atleta. Foi pai aos 17 anos e avô aos 34 — sua neta, hoje, tem já 13 anos. Casou-se duas vezes, a última com a chef Daniela Dahoui, de quem se separou há dois anos. Tem, ao que parece, uma ótima relação com as ex-mulheres e a família em geral. 
 
Alguns meses atrás, soube-se de um suposto envolvimento entre o jornalista Zeca Camargo e o ex-jogador Raí. Boatos, nada mais do que boatos, como aquele que espalha que Jô Soares é gay, ou o que coloca a cantora Paula Fernandes em casos amoroso com políticos, ou, ainda, o que conta um pacto com o "coisa ruim" feito por Xuxa para chegar ao sucesso. É a vingança daqueles que não chegaram à fama e se incomodam, de alguma forma, com o fato.

No último fim de semana, os boatos sobre um caso entre Raí e Zeca se agravaram e chegaram ao ápice nas redes (de intrigas) sociais durante o "Fantástico", programa do qual o jornalista é apresentador.
Dizem que o global é gay. Dizem que ambos têm sido vistos juntos muitas vezes ultimamente. Não sei.
O que sei é que temos nós, raça humana, uma atração sedutoramente mórbida por aquilo que o outro (ou a outra) faz entre as quatro paredes. Engraçado: culpa-se a religião, especialmente a dos cristãos, por se ater ao pecado sexual. Mas, nos dizendo "laicos" ou "agnósticos", não conseguimos deixar de querer saber o procedimento de outras pessoas  em questões íntimas. Estranho, não? Freud explica. Explica?
O que não se explica — ou, pelo contrário, talvez explique muita coisa — é não darmos pelo menos o mesmo peso às outras facetas da mesma pessoa. No futuro, o que se saberá mais de Raí? O que fez pelas milhares de crianças do Gol de Letra? Ou o que ele supostamente fez — ou não fez, já que ninguém que espalha boatos esteve realmente lá para contar — na cama com mulheres e homens?
O cara salva milhares de crianças de uma vida marginal, mas fica marcado por gostar de alguém do mesmo sexo. Somos mesmo uma raça ruim.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

SEDUÇÃO

Para alguns é uma arma, para outros um artifício, e para a humanidade é uma questão de sobrevivência. 


Por Victor Lacerda

A sedução faz parte da vida, é um dom essencial à natureza humana. Não há ser vivo que não saiba seduzir. Utilizamos desse poder a todo momento em nossa rotina diária de forma proposital, ou não, para conseguir aquilo que desejamos.

Os caminhos que utilizamos para conquistar algo, seja uma pessoa, um objeto ou até mesmo uma nova forma de realizar a nossa vontade passam pelos trilhos da sedução. Colocamos em prática essa capacidade quando estamos investindo em uma paquera ou, também, quando criança sabemos com jeitinho seduzir nossos pais para conseguir o presente que tanto queríamos.

A sedução desperta em nossa essência a força da disputa e por isso revela em nossas atitudes um ato instintivo de conquista, sendo uma de nossas armas mais eficazes. Seduzir é convencer o outro da nossa vontade e esse convencimento se vale do impeto de se mostrar convincente. E é um jogo aplicado nos mais diversos ambiente.

As lojas que gostamos de fazer compras, os amigos que convivemos, tudo passou por um processo de sedução. Seduzimos para dar início ao processo de troca de valores entre duas partes. Se você deseja agregar valores será atraído pelos valores que lhes cabem e logo também será alvo de atração de outros que desejam partilhar com você os seus próprios valores. Ser um sedutor é saber lidar com todas essas facetas e entender como funciona o desejo dos seres humanos.

Essa fantástica arte é aprendida com as experiências adquiridas na história de vida. Naturalmente sabemos as formas ideais para se conseguir aquilo que desejamos e, talvez, esteja aí o segredo de alguns grandes conquistadores do universo: o saber seduzir.

Muito diferente do que se pensa, nem todas formas de sedução tem  como fim específico o ato sexual. De fato, a atração entre homens e mulheres é o exemplo que melhor se aplica à sedução. Por mais que alguns especialistas afirmem que existem fórmulas para seduzi alguém, o dia a dia mostra que não existem segredos e sim a ausência deles. Ser natural, se mostrar transparente e sincero são qualidades que atraem as pessoas e passam confiança para um contato mais intímo e abrem portas para se permitir ser seduzido. Timídez e insegurança só atrapalham a aproximação de uma pessoa interessante. Saber paquerar é um dom e depende apensas de cada um de nós. Além disso, é importante lembrar que o nosso corpo fala e essa linguagem é uma peça fundamental nessa arte da sedução. O olhar tem que ser firme e capaz de mirar no olho do outro de forma fixa, olhar na boca também é uma boa dica para aqueles que desejam de fato um beijo naquela hora. O sorriso revela o quanto você pode ser divertido e essa qualidade é, sem sombra de dúvidas, um forte atrativo para qualquer um, afinal, é sempre agradável ter alguém de bem com a vida ao nosso lado.

Não existe sedução sem uma autoimagem equilibrada e amor próprio, se a pessoa não se sente confiante o suficiente para conquistar ninguém não será jamais alvo de sedução. Portanto, um passo imprescindível para ser tornar um bom sedutor é desenvolver sua auto-estima, acreditar em você e se valorizar!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SALVADOR, MEU AMOR


A PM baiana é negra. Não gostar de negros, se é assim, significa que recebe uma formação tipicamente nazista.”

Por Fernando Coelho*

SALVADOR, MEU AMOR. Sou um homem de Xangô. Sou ogan de Oxalá. Sou filho do Ilê Axé Opô Afonjá. Sou jornalista de quando jornalistas não eram sócios de patrões. Nem dividiam com eles o conceito da notícia. Conheço Salvador porque ando lá com a alma. Uso meus pés querendo construir o meu caminho.
Salvador é um templo brasileiro. Mesmo hoje, cidade quase morta. A luz de Salvador resiste. Sei que existem alguns corpos na periferia da cidade, jogados como lixo humano. Nas ruas, todos estão encapuzados. A polícia. Os bandidos. Outros traficantes. As autoridades. Levaram o ministro da Justiça à Bahia na hora errada. Eu o conheço de quando foi vereador de São Paulo. Honrado, ele. Enganaram o ministro. Microfones arrumadinhos, ar condicionado, coletiva com verbos imperativos não transitivos. O povo da Bahia jantando medo.

Como homem do santo, sinto que há algo de errado com o que o Brasil sente dos negros. Há um invisível preconceito daninho. E não gostar dos negros é não gostar do Brasil. O preconceito na Bahia é maior. Mais desumano. Mais falso, porque constrói o cadafalso da ambiguidade. A PM baiana é negra. Não gostar de negros, se é assim, significa que recebem uma formação tipicamente nazista. Negros não são traficantes. Negro é cidadão. Negro não é bandido. Negro é cidadão.

Negro, como todos os brasileiros, precisa de escola e trabalho. Salvador virou campo de guerra institucional. Os vereadores sumiram. Os deputados estaduais sumiram. Estão certos. Devem estar com medo, eles que muito usam o povo. O poder incoerente briga com o poder incompetente e a cidade vira o ambiente da miséria. Até porque as autoridades já destruíram a natureza vegetal, líquida, imemorial, nos limites da cidade.

Roubaram o verde de Salvador. Os ladrões são os donos das maquetes financeiras. Quem disse que alguém, seja qual for a patente militar que tenha, seja em casa, na caserna, cercado de seguranças, pode invadir o espaço de temor do povo. Tem corpos, sim, estirados nas ruas sagradas de Salvador.

As autoridades não sabem que Salvador é uma cidade sagrada. Não conhecem seu espírito. Não conhecem sua história elementar de resistência espiritual. As autoridades precisam saber que espíritos não dormem. Que o povo é expressão dos espíritos. Transformaram o baiano num pacote eleitoral. É o que se disputa forjando entrevistas, seriedade, discursos, alinhamentos sectários de pensamento político.

Aviso às autoridades que espíritos não votam. Espíritos esperam. Espíritos transformam. Espíritos pairam acima do Elevador Lacerda. Eles vão liberta Salvador dos maus espíritos, porque eles também existem. Eu rezo. E amo minha terra. Um homem precisa revelar-se.

* Fernando Coelho, jornalista profissional e escritor, é estudioso e pesquisador de meio ambiente, cultural brasileira e especialista em produtos de televisão. É autor da obra “Salvador-Guia de Cheiros, Caminhos e Mistérios”, livro que é referência histórica e cultural da cidade da Bahia, com apresentação de Jorge Amado e quatro edições esgotadas.
charge: Portal da Metrópole

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

TODO APOIO À RITA LEE

“Estão todos armados, prontos para o conflito, e isso dificulta muita coisa.”

Por Elenilson Nascimento
Ontem eu fui questionado por uma jornalista famosa de Salvador sobre o porquê que eu não escrevo também sobre o BBB no meu blog, visto que, segundo ela, o blog avalia também a atual situação da TV brasileira. Respondi que nunca investiria o meu já raro tempo em um programa que escolhe a dedo modelinhos sem cérebro, pessoas esquisitas, punheteiros, gay tatuado, baiana retardada, evangélica debilóide, nerd carente de internet só para embriagá-las e depois vê-las criar situações constrangedoras. Prefiro comentar, por exemplo, sobre a patética prisão da Rita Lee em Aracaju.
E como todo mundo já sabe, no último show de sua carreira (*uma pena viu!), Rita foi presa por desacato. Nada mais rock in roll que isso! O fato aconteceu na madrugada deste domingo, 29/01, em Aracaju. A apresentação na capital de Sergipe marcou o encerramento da carreira ao vivo da rainha do rock brazuca. Mas a confusão começou quando, durante o show, Rita gritou contra policiais que teriam agredido alguns fãs.
A partir da sexta música do show, a cantora percebeu que a polícia começou a se aproximar do público e se sentiu incomodada, deixando claro que não os queria em sua apresentação. "Vocês são legais, vão lá fumar um baseadinho." Os policiais não aceitaram a sugestão e continuaram na “função”. Aos se aproximarem do palco, Rita ficou bastante irritada, chamando-os de "cavalos", “cachorros" e, por fim, "filhos da puta". Após o final da apresentação, ela foi levada a uma delegacia.
Entretanto, não podemos ocultar um fato importante: a total falta de respeito por parte da autoridade da força policial com relação ao cidadão. Rita se sentiu incomodada porque, ela também já passou por vários perrengues nas mãos dessa polícia autoritária, sem escrúpulos e despreparada.
Se um policial o aborda, questiona e solicita uma documentação, por exemplo, o dever como cidadão de bem é apresentar o documento solicitado, sem dificuldade, simples. Mas normalmente isso dificilmente acontece. Policiais cada vez mais ignorantes fazem parte da corja dessa polícia que se esconde atrás da farda e do distintivo.Todo o problema seria evitado caso a polícia fizesse o seu papel de proteger o cidadão, mas esse nunca é respeitado. Nem num show de rock e pior ainda numa abordagem numa periferia qualquer. Vivemos um problema social tão grave que o cidadão normalmente desconfia da PM, e a PM normalmente desconfia do cidadão. Estão todos armados, prontos para o conflito, e isso dificulta muita coisa.
Se formos dizer à Dilminha onde precisamos com urgência de uma “faxina”, creio que não seria só no Congresso, mas a Polícia também seria a nossa prioridade, afinal ela é apenas fruto dessa podre árvore chamada Phoder. A corrupção não é uma particularidade dos políticos, afinal, já presenciamos juízes, advogados, professores, padres, jornalistas e sei lá mais quem sendo acusados de aceitarem suborno para beneficiar marginais em seus julgamentos e, no entanto não tivemos nenhuma “faxina” na que chamamos de “Justiça”. Mas, nós aqui do LITERATURA CLANDESTINA apoiamos totalmente a Rita Lee! Abaixo, vídeo gravado da plateia por Adelson Junior no show de despedida de Rita Lee, no último sábado, em Aracaju (Sergipe):




“Uma artista da importância de Rita Lee, num anunciado “último show” de sua vida, não pode ser tratada de outra forma que com palmas, flores e beijinhos. Assino embaixo de cada uma das palavras ditas por Rita nesse vídeo gravado da plateia na madruga desse último sábado. Ao contrário da declaração infeliz de Marcelo Déda (PT-SE), governador de Sergipe, em nenhum momento Rita foi desrespeitosa com o público, nem ameaçou transformar o show em violência. Apenas mostrou sua indignação com o constrangimento imposto a ela por quatro idiotas de capacete que, tenho certeza, não representam a atuação da maioria da polícia e dos servidores públicos que atendem o povo hospitaleiro e bacana de Aracaju.” (Marcelo Tas, jornalista e apresentador do CQC)

Fonte: http://literaturaclandestina.blogspot.com