terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bobes e Babados


Curtos, compridos, coloridos, descoloridos, lisos, crespos, dread´s, black-power; de comuns à estranhos. Em alguns sobra criatividade, em outros falta noção. É o caso das cabeludas da cidade de Iaçu-BA.
Diante as enumeras possibilidades existentes, progressiva, escova inteligente, definitiva, haidrex, nada disso faz sucesso. Para tratar das madeixas, o que as cabeludas do município gostam mesmo, é o velho e famoso bobes. É ele quem domina a cena e ocupa a cabeça das iaçuenses.
O sucesso é tamanho que ultrapassa as postas dos salões de beleza, e tanto em casa como nas ruas, é possível encontrar senhoras de "capacetes armados a bobes" com lenço, sem lenço, de tudo quanto é jeito.
Eu pensava que o bobes tinha sido extinto, me enganei bobianamente, a preservação da prática, está em alta, chega a parecer que existe uma APB (Área de Proteção aos Bobes) diante da legião de mulheres que são adeptas ao tubinho de plástico e as que defendem com unhas e dentes os
benefícios do uso.
É comum cruzar com mulheres e até crianças usando bobes. Portanto se você por acaso visitar a cidade e esbarrar com um desses seres humanos com adornos gigantescos na cabeça que mais parecem marcianos, se acalme, não precisa ficar de cabelos em pé, ela não está louca e nem vai te pegar, aquilo ali é o famoso bobes atuando. A cena é comum, e nada bonita de se ver.
Principalmente quando o final de semana se aproxima ai sim é possível encontrar com várias delas, todas transfigurada, seja fazendo a feira ou correndo trecho, como elas mesmas dizem.
Segundo as adeptas, os bobes são excelentes para hidratar, dar forma e deixar os cabelos muito mais bonitos.
Realmente tenho que concordar, pois, quando chega a noite, todas elas soltam as madeixas e permitem-se admirar os sedosos e "naturais" cachos perfumadas e brilhosos.
Estive conversando com uma usuária dos objetos estranhos e ela me explicou que o acessório nunca saiu de moda. Seja no salão ou em casa, é possível criar looks irreverentes e bonitos com o uso desse auxiliar.
Meu colega de trabalho, Vinícius Costa, que também vem sendo acometido por essas visões a cada final de semana, acredita que o uso do bobes vai alem da estética, chegando a acreditar que a pratica, é uma característica da cultura local. confira o que ele fala sobre o assunto:

"Qual seria a sua reação, se, em pleno século XXI, você visse na rua, crianças, adolescentes e adultos, todos do sexo femininoo desfilando com enormes Bobís na cabeça? A minha, eu posso falar um pouquinho. Eu pensava que os famosos objetos circulares, que deixam os cabelos mais alisados, estivessem fora de moda há muito tempo, ou nem existissem mais. Digo isso, pois vire e mexe, sai um novo produto para embelezar as madeixas. Porém, para minha surpresa, descobri que o bobís está com força total e só não usa quem morreu! (rsrs) Brincadeiras a parte, achei na cidade de Iaçú, interior da Bahia, as adeptas deste produto. É jovem, é solteira, é casada, é idosa. Todas são a favor dele. Se você vê uma boa quantidade de pessoas, passeando à luz do sol, com verdadeiras "armações bobianas", pode apostar que no município vai ter micareta, comício político ou enterro. Até porque, todas querem estar produzidas para o evento, independente de qual seja.
Para quem pensava que os bobinhos foram enterrados com o tempo, está enganada. Eles continuam fazendo a cabeça da mulherada iaçuense, além de ser um ponto curioso da cultura local."
Vinicius Costa
É pessoal, vocês podem ver que o assunto é realmente curioso, não só pra mim, como tambem pro meu amigo Vinicius, restando a nos visitantes arriscar um cafuné por debaixo dos caracóis daqueles cabelos e depois contar pra vocês se de fato vale a pena. (risos)
Fica ai registrado o nosso ponto de vista sobre os segredos de beleza
da mulher Iaçuense.

Quer saber mais sobre o assunto?
Acesse os sites abaixo e confira as novidades no mundo dos Bobes

http://www.cabeloslindos.com.br/site/index.php?do=mostraArtigo&artigo=429

http://www.bobwilson.com.br/saiba_texto.asp?cadastroid=4141&tipo=Sugest%C3%B5es&categoria=Penteados


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Direto de Iaçú - A Festa da Boa Morte.

Um batuque, comidas, bebidas, dança e muita alegria. Foi assim que nesse ultimo domingo dia 07 de setembro, os futuros defuntos da cidade da cidade de Iaçu –BA, puderam comemorar a garantia do próprio sepultamento. Isso mesmo, os associados ao PAF (Programa de Assistência Funerária) celebraram o aniversario desse consórcio que oferece um financiamento funeral em suaves parcelas, sendo estas quitadas assim que a dona morte bater-lhes à porta. O plano garante aos familiares do falecido, sofrimento somente pela perda do ente, que neste caso torna-se muito querido, e não faz sofrer ainda mais os bolsos, com despesas na hora de enterrar o presunto.

Ver para crer

É claro que eu não poderia perder de conferir de perto esse fato, e pude ver com esses olhos que a terra um dia ai de comer, um evento um tanto quanto fúnebre.
A decoração e o local escolhido eram mais inusitados que o motivo da festa. Buscando a originalidade, os proprietários da funerária associada ao PAF fizeram do seu pátio de caixões um salão da festa. Em meio a salgadinhos, cerveja, refrigerante e cachorro quente, os convidados puderam apreciar os variados modelos de caixões, coroa de flores, castiçais e os mais diversos artefatos que compõem um sepultamento. Cheguei a pensar que estivesse no aniversario de Morticia Addams. Mas lembrei que nem era dia de halloween e percebi que as pessoas estavam mesmo se adaptando com aquelas urnas de madeira que futuramente seriam sua nova morada.

Caixão e vela

No meu imaginário como no de tantos outros mortais, está fixado que caixão lembra morte e logo sofrimento daqueles que ficam. Em Iaçu a coisa é diferente, as pessoas nem se incomodam, comem, bebem dançam e se divertem ao som de muito axé e pagode, chegando a descansar os copos de cerveja nos caixões para darem aquela famosa quebradinha. Estranho demais...
Tudo bem que em algumas civilizações a morte não tem esse significado tão doloroso como pra nós ocidentais, que sempre encaramos a danada com muita resistência.
Apesar de ser a morte, uma realidade em nossa vida, estamos sempre correndo dela como o diabo corre da cruz, tem gente que não toca nem no assunto, preferindo falar dos avanços tecnológicos existentes para prolongá-la.
Ainda que a comunidade da vida, quando marcada por terríveis sofrimentos seja difícil, ninguém quer pensar em morrer.
"Para os familiares que enterram seus defuntos a morte é muito onerosa", assim comentava, entre uma "gelada" e outra, um dos convidados da festa.

Aqui não é lugar de tristeza
Para garantir a animação, os organizadores do evento contrataram "Binha", uma travestir interiorana iaçuense, que animam as festas na cidade. Com um traje nada apropriado para um funeral, a animadora estava fantasiada de "odalisca da caatinga", em cima do salto e com um batom vermelho gritante. Bailava entre um caixão e outro e com um descontraído sorriso perguntava se já éramos associados ao PAF. - Eu agüento com isso?
Entre mortos e vivos fica um registro importante, se a sua cidade não dispõe do PAF, existem seguradoras que garantem o mesmo beneficio. Vocês que se preocupam com a hora da morte, e não querem ver seus familiares chorando de susto ao verem que terão de pagar pra enterrar vocês. confira abaixo algumas seguradoras.

SERVIÇO

Jardim da Saudade Parque Bosque da Paz
Terreno: R$ 5.040,00 Locação do terreno por 3 anos: R$ 1.725,00
Serv. Funeral: R$ 2.800,00 Compra terreno Individual: R$ 3.900,00
Urna e decoração: R$ 2.500,00 Compra terreno duplo: R$ 5.115,00
Total: R$ 10.340,00 Fonte: Evandro Ribeiro
Fonte: Lenilson Santos PABX: (71) 3212-4222
Tel: (71) 3381-2007

Corretoras de seguro Funeral atuantes em Salvador

Mapfre Seguros Sucursal Salvador
Rua Conselheiro Dantas,22/24- 2º Andar- Comércio- Salvador- BA- CEP 40015070
Tel: 071- 242-2955 Fax: 071- 242-8722
AC Figueiredo
Rua Helvécio Carneiro Ribeiro, 25- Salvador- BA- Cep 40170-060
Tel: 071- 235-1097 Fax: 071- 235-1097

Ângela Menezes
Rua Lauro Muller, 8- Sl 401- Salvador- BA - Cep 40015-030
Tel: 071- 3176-0200 Fax: 071- 3176-0201

Anis Corretora
Av. Sete de Setembro, 17- Sl 603- Salvador- BA - Cep 40060-000
Tel: 071- 327-1660 Fax: 071- 327-3522

AP Saúde Seguros
Rua Lauro Muller, 8- 8º andar- Sl.802 - Salvador- BA- Cep 40015-030
Tel: 071- 3242-5307 Fax: 071- 3242-7722

Aratu Seguros
Rua Torquato Bahia, 03- 4º andar- Sl 401/4- Salvador- BA- Cep 40015-110
Tel: 071- 326-1122 Fax: 071- 326-0694

Coseba seguros
Av. Oceânica, 60- Sl 113- Ed. Barra C - Salvador- BA- Cep 40140-130
Tel: 071- 3331-6400 Fax: 071- 267-1235

Cyan Corretora
Rua Conselheiro Dantas,22/24- Ed. Bradesco Sl. - Salvador- BA- Cep: 40015-070
Tel: 071- 326-9898 Fax: 071- 326-9898


Saiba mais sobre o assunto,

http://www.icatu-hartford.com.br/PortalIh/data/Pages/ICATUC8DF602CITEMID182C9536320B47BA88D4031002181BA5PTBRIE.htm


http://www.portoseguro.com.br/site/produtos/seguros/vida/vidaindividual/assistenciafuneral.cfm

Confira

terça-feira, 19 de agosto de 2008

AS OLIMPÍADAS DA VIDA








Fico pensando na relação entre as manifestações humanas e no quanto essas tem relação direta com o nosso aprendizado.

Todos perguntam qual seria o segredo de Michael Phelps? O atleta vence todas as competições, despertando curiosidades, e admiração de uma unanimidade. Se fosse a três mil anos atrás não tenho duvida de que em Olímpia, Phelps estaria sendo vangloriado como um deus, com direito a pedidos de milagres, templo e tudo mais.

O nadador realmente é incrível, e cada vez que este se apresenta, me faz pensar no quanto pode ser inspirador toda aquela invencibilidade, servindo de exemplo pra nossos desafios diários. É incrível e emocionante, e por vezes chego a pensar no real motivo que os leva a desafiar o próprio limite.

Não existe explicação lógica pra tanto, e sim um motivo próprio, uma vontade de vencer, de superar-se, de ir sempre além dos limites alcançados. É um desejo pela vitória, uma ânsia pelas medalhas, fome de subir ao pódio e sentir-se vitorioso.

A rotina de um atleta é completamente voltada ao seu objetivo, dieta hipercalóricas, para suportar o gasto de energia, horas de treinamentos pesados e intensificação nas áreas de maior dificuldade, uma serie de atividades que muitas vezes chega sacrificar a própria saúde. Porém, os louros são legados a esses que tem autoconfiança para suportar a rotina. E isso explica quando levamos em consideração a origem da palavra "atleta", diz Spivey - ela vem do verbo grego athlêuo, "eu sofro". O atleta, portanto, é o sofredor por excelência, sacrificando-se por um resultado que valha a pena o esforço.

Muitos podem acreditar que é o dinheiro, que os fazem imolar o corpo em prol de obter o desempenho exigido em determinada modalidade esportiva. Ou que simplesmente é o desejo pela fama, notoriedade e sucesso. Acredito ser algo que vai além, é forte e ininterrupto, apaixonante e recompensador e algumas vezes até um pouco doentio. Mas quando postos à prova, mostram que só assim se pode conquistar as medalhas.

Quantas vezes estamos trabalhando e uma simples dor de cabeça nos faz parar tudo? Ou estamos perto de concluir um trabalho e por estarmos cansados e exaustos abandonamos e deixamos pra um outro dia? Às vezes estamos pertinho da reta final, próximo de conquistar nosso objetivo, porém a falta de confiança em si próprio nos faz desistir, jogando fora as chances do sucesso.

Podemos comparar, é como uma corrida, é como uma disputa qualquer, e no instante que nos falta pouco tempo da linha de chegada, que nos vêm o maior cansaço, e sentimos que não vamos conseguir, que nossas pernas tremem e temos vontade de parar. Então Disciplina, força, fé, coragem, técnica, determinação…e ouro.

Com maestria

Esta edição das olimpíadas me cai como uma lição, talvez pelos momentos pessoais, mas a cima de tudo pelo entendimento que me traz, e que pra mim simboliza um grande exemplo de como devemos conduzir nossas vidas.

Qualquer empreitada que entramos temos que ser convictos que o segredo é a superação, a persistência em continuar sempre, e mesmo não vencendo ter honra pra assumir a derrota e saber que da próxima vez pode fazer melhor. É dedicar tempo, se capacitar, treinar, treinar e treinar muito. Acreditar que pode conseguir e fazer por onde. Vislumbrar o triunfo e seguir em busca dele. Incansável e perseverante.
Consciente das dificuldades e não temendo os rivais, ultrapassando os obstáculos, determinado e confiante. E quando achar que não suporta mais, buscar forças, incorporar todo o seu espírito de luta e continuar intenso. Assim, elevar-se ou posto dos vitoriosos com a maestria de um atleta que vence os desafios da vida.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Churrasco tradicionalmente gaúcho





Tradição e qualidade se reúnem em um só lugar, na mais nova filial da Churrascaria Fogo de Chão, em Salvador. Genuinamente gaúcha, a casa oferece aos baianos tudo que existe de mais original no quesito gastronomia sulista.
A nova churrascaria preza pela tradição. Resultado de mais de 25 anos de experiência, aplicando os conhecimentos dos antepassados gaúchos, a casa traz uma seleção das melhores carnes, em 15 cortes ideais, preservando o sabor particular de cada especialidade.
Picanha, filé mignon e fraldinha, alcatra com maminha, bife acho premium, cordeiro, frango, perdiz e porco fazem desse famoso espeto corrido, um segmento premium de restaurantes.


Nada de camarões
Quem está acostumado a freqüentar churrascarias que têm no bufê um leque gigantesco de frutos do mar, a Fogo de Chão, convida a uma nova experiência. Segundo o proprietário da rede, Arri Coser, a casa tem fidelidade à proposta "O Jeito Gaúcho de fazer Churrasco" e somente churrasco, acompanhado de saladas e guarnições típicas. É exatamente assim que saboreamos os diversos cortes, distante das lagostas e camarões que os clientes baianos estão acostumados a encontrar nas maiores churrascarias da cidade.


Atendimento VIP
O atendimento do restaurante é de uma qualidade impressionante. Vestidos de bombachas, e dotados de uma educação altamente cortês, os garçons e métres não nos permitem sentir falta de nada. Eles estão sempre por perto para atender ao nosso pedido, esbanjando conhecimento abundante ao tratar de vinhos e carnes, apresentando de forma entusiasmada os rótulos das vinícolas de sua terra natal.



A Gauchada invade o Rio Vermelho “ mètre Rafael comenta”
Enriquecidos de um sotaque característico, cor de pele, olhos e cabelos nórdicos. Cerca de 90% dos funcionários da casa foram trazidos do Rio Grande do Sul, o que nos faz sentir que estamos realmente em uma casa gaúcha.
Em conversa com o mètre Rafael, ele fala que essa é uma estratégia dos proprietários, preferindo o preparo da carne feito por quem mais entende de carne: os gaúchos. E concorda quando eu falo que também não seria nada legal ver uma sulista loira de olhos azuis sentada em um tabuleiro de acarajé vendendo os quitutes baianos, em Porto Alegre. Certamente não teria sucesso algum.


E o sonho se torna real.
A Fogo de Chão, é o resultado de um sonho, um projeto de vida que fizeram dos dois irmãos Arri Coser e Jair [Jair de que ?], saírem da Serra Gaúcha, em direção ao eixo Rio- São Paulo, no intuito de fundamentar uma pesquisa no mercado gastronômico local e conhecer os grandes centros urbanos.
A rede possui hoje seis unidades no Brasil e 14 filiais nos EUA. Os sócios afiram que tem o honrado compromisso em manter viva e próspera a saga dos churrasqueiros gaúchos pelo mundo.
Registro minha admiração não somente pelo serviço, mas também, pela história da Casa que prova, que o sucesso depende de uma seria de cuidados e detalhes.

FOGO DE CHÃO
Salvador
Praça Colombo, 4
Rio Vermelho
(Largo da Mariquita)
(55) 71-3555-9292

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Pátio Itália – A nova opção do Shopping Iguatemi.

Foi no mais tradicional shopping center de Salvador, que o grupo paulistano, Quanto Prima, em associação com a Companhia da Pizza, inaugurou umas das mais charmosas pizzarias da cidade, Pátio Itália. O novo espaço trouxe ao Iguatemi, mais uma atração com a qualidade que nós clientes estávamos sentindo falta na capital baiana.
A cozinha é comandada pelos três chefes de renome no mercado da gastronomia nacional: Guta Domenech (Tokai, Quanto Prima, Maotai e Radish), Márcia Fukelmann (Restaurante Flor de Sal - SP) e Antônio Portela (que além de chefe é o proprietário da Companhia da Pizza). Responsáveis pelo cardápio de massas, pizzas, panzones, carnes e saladas, essa equipe de peso nos deixam de água na boca.

Logo na entrada, é possível acompanhar o preparo dos pratos, e o malabarismo do pizzaiolo, que pela vidraça exibe seu talento, seguindo a tendência dos restaurantes mais modernos.

"Bons amigos se encontram no pátio Itália"; Essa frase é um saudação de boas vindas feita pelos proprietários, através do menu de cocktails. Realmente é um ótimo local para se reunir, o conforto da pizzaria proporciona um bem estar, a climatização é muito agradável e os sofás muito aconchegantes, nos fazendo relaxar enquanto degustamos as minúcias do Pátio.
O mestre Derivan, eleito o melhor barman do ano pela Revista Veja - Guia SP, veio para o Pátio Itália trazendo todo seu conhecimento em cocktails e prometendo muita qualidade e sabor nos drinks preparados por ele.
O projeto arquitetônico de David Bastos, o qual eu sou fã de carteirinha, tem espaço de 350 m², garantindo acomodação para 150 pessoas. Além dos compartimentos, térreo e mezanino, o Pátio ainda reserva um espaço exclusivo para as crianças. Portanto, nada de trocar a opção, por conta dos babys. O espaço kids é muito seguro, e os pais podem aproveitar despreocupados.
Outro exclusivo atrativo, que certamente vai se tornar um diferencial da pizzaria é o amplo estacionamento e o acesso, independente dos horários de funcionamento do shopping.
Na minha visita ao Pátio Itália, encontrei senhor Almeida, um antigo metre do restaurante Baby Beef que eu conheci em 2006. Nesta oportunidade, elogiei a atuação dos garçons. Sempre enérgicos e prontos a atender, eles merecem um destaque especial. "Espero que continue assim, porque o de costume é que nas semanas de lançamento os restaurantes dobrem o número de garçons para impressionar seus clientes", comentei com Almeida. O mesmo soltou um sorriso e disse: "no que depender de mim, a qualidade da Casa sempre irá surpreender nossos clientes".
A presença de Almeida, somada às qualidades citadas do Pátio Itália, certamente serão fatores de sucesso da pizzaria. Portanto, registro aqui minha indicação deste semana. Vale à pena conferir!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Linha Direta com Domingos Meirelles


Conhecer um pouco sobre Domingos Meirelles me fez amadurecer o olhar critico sobre a tênue relação entre "Mídia e Violência". Tema da palestra apresentada pelo jornalista, nesta terça-feira, dia 27 de maio, no Hotel Fiesta Salvador.
O tema proposto foi uma motivação para o apresentador do programa Linha Direta, da Rede Globo, abordar sua rotina no jornalismo, aprofundando assuntos do cotidiano trágico e violento do dia-a-dia.
Meireles se apresenta, explanando seu currículo e trajetória sem economizar tempo nem detalhes do quanto batalhou para conquistar o respeito dos leitores. O ex-vendedor de máquinas de escrever justificou o ingresso nas redações, como uma forma de se tornar agente modificador da realidade. Resultado de uma indignação iniciada no período da Ditadura Militar, quando foi perseguido e discriminado por apoiar as reformas políticas. Assim deu início à sua carreira no jornal "A Última Hora" do Rio de Janeiro.
Domingos Meirelles, ficou mais conhecido na temporada do programa Linha Direta. Através do mesmo conseguiu localizar e ajudar a prender mais de trezentos criminosos condenados. Meireles explica que seu papel como apresentador era meramente político, ele pretendia mostrar que a segurança publica do país é frágil e ameaçadora. E fez questão de destacar que seus objetivos iam alem da idealização do programa, que tinha como finalidade, concorrer com a audiência do polêmico Ratinho, no SBT.
A palestra seguiu um ritmo meio confuso, pois o jornalista abordou vários assuntos e não concluiu o pensamento sobre nenhum deles. Não sei se pela falta de domínio do palestrante, o que duvido muito, ou simplesmente porque o tema realmente trata de assuntos sem soluções visíveis. Violência, crimes, assassinatos, política, corrupção militar etc.
Ouviu-se um burburinho da platéia, quando o jornalista fala sobre a responsabilidade da mídia na cobertura dos crimes transmitidos a sociedade. O palestrante acredita que a mídia pode estimular o crime, e desencadear uma serie de acontecimentos semelhantes aos que são noticiados. "Algo como a vida imita a arte".
Para ilustrar esta linha de pensamento, Meirelles citou inúmeros exemplos da idéia defendida por ele, tais como a ordem do príncipe regente do Brasil, Dom Pedro I em 1821, quando proibiu os jornais da época em divulgar os suicídios e rebeliões. Naquela período, ficou comprovado que, quanto mais se noticiava estes fatos, mais aumentavam as ocorrências de suicidas no país.
Domingos Meirelles deixa claro que sua opinião não tem nada a ver com censura, porém, seus 40 anos de experiência, fizeram-lhes crer nesta verdade. É com base nestes relatos que o jornalista nos passa uma idéia contraditória. Ele que realmente acredita que a mídia pode incentivar o crime, apresentou o Linha Direta durante anos. Programa que além de noticiar os crimes, faz simulações de como os delitos foram praticados. Teoricamente dando a receita de como os acusados cometiam aqueles crimes.
No momento das perguntas, questionei Meirelles por meio de um colega, sobre esta contradição. Ele demonstrou inquietude com a indagação, e enrolou, enrolou e não respondeu. "Não sei se respondi sua pergunta ou se te dei uma volta" foi o que Meirelles falou após concluir o contra-golpe.
"O jornalista deve sim escolher um lado da noticia" enfatiza Meirelles, sendo contra ao que estamos acostumados a ouvir, que os reportes não emitem opinião, e que as matérias e artigos são impessoais, "falsidade" afirma o palestrante. Explicando que o bom jornalista sabe se posicionar em seu trabalho sem ferir a realidade dos fatos.
O motivo que me levou a essa palestra foi a ânsia de saber o ponto de vista de um profissional que lida com o crime diariamente. Ainda que na forma intelectualizada, registrando os acontecimentos com um olhar social. Me sentir estimulado a entender mais sobre esta relação, “Mídia e Violência” afinal, eu também sou atingido pelas noticias que invadem nossas casas, relatando os mais diversos crimes. E isso me incomoda muito. Sai daquela palestra mais convicto de que a mídia vem prestando um desserviço para as famílias brasileiras. Não vou me aprofundar neste assunto hoje, mas ainda registrarei aqui o que penso sobre todo este desserviço.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Chega de Saudade



Um filme para minhas tias mais velhas e meus amigos mais jovens.




O filme Chega de Saudades, em cartaz nos principais cinemas da cidade, aborda uma riqueza de fatos, girando em tono de um baile paulistano, que começa no finalzinho da tarde se estendendo até a noite.
Uma senhora de idade avançada com sintomas do mal de alzheimer, surpreende a todos ao provar que para o amor não existe idade, dona Alice (interpretada por Tônia Carrero) prova que as paixões fazem parte de nossas vidas independente dos traços do tempo cravados na face ou da cronologia a cima das cinco décadas. A Atriz que a muito tempo não vejo nas telas de cinema, da um show de interpretação e consegue transmitir a todos uma lição de como conduzir um grande amor ao passo de uma dança.
Mostrando episódios da vida pessoal de um núcleo de cinco personagens, a casa de show “Chega de Saudade”, aos poucos se transforma no palco da vida de todos que naquele ambiente dançam, observam, se escondem ou simplesmente vivem seus momentos.
Todos ali já passaram dos cinqüenta anos, a não ser o DJ (interpretado por Paulo Vilhena) e sua namorada (Maria Flor) que aparentemente está ali na verdade pra lhe fazer companhia, mesmo depois descobrindo que a casa também seria uma alternativa para novas experiências.
Cada personagem com sua historia, com seus segredos, com ilusões, desafetos, decepções, mas acima de todo, muita paixão. O desenrolar da trama deixa claro que eles vivem suas vidas de forma alegre e espontânea, quebrando o paradigma de que os cinqüentões não têm o direito a diversão, vida noturna, dança e paqueras.
A trilha sonora é muito original e traz desde samba, gafieira, bolero ao famoso cha cha cha, tendo a participação de Elza Soares, que mesmo depois das mil e uma esticadas, continua sendo espetacular.
A musica tem um papel fundamental neste roteiro, pois conduz os personagens à dançar de rostinho colado, braços envoltos a cintura, despertando naquelas senhoras e rapazes à sensualidade e libido, que aos olhos de muitos, são elementos que não fazem parte da terceira idade, doce engano.
A personagem Elza (interpretada por Betty Faria) surpreende com seu poder de transmitir ao espectador a aflição ao não ser convidada pra dançar, como se fosse uma jovem de 18 aninhos, demonstrando que tem desejos pelos rapazes e que se sente atraída por eles mesmo diante das próprias limitações da idade, em se mostrar sensual e sedutora, fazendo valer pela superação à real a proposta do filme.
"Chega de Saudade" consegue fixar mesmo aos mais jovens o valor dos sentimentos; o quanto somos iguais, respeitando as proporções da historia de vida de cada um. O filme me levou a pensar como seria minha vida na terceira idade. – Certamente eu estarei em algum desses bailes, claro, ao som de outra trilha, mais atual à minha época.
Registro este longa metragem, como exemplo a ser adotado pelos espectadores: Um filme simples, de cenário pobre, mas que transborda originalidade, provando que, mesmo com todos os problemas cotidianos, nós temos inúmeras oportunidades de sermos felizes, e nada, nem o tempo, nem a falta dele, nem o preconceito, tampouco a idade podem nos impedir de levar a vida como uma bela e bem sincronizada dança.

Ficha Técnica
Título Original: Chega de Saudade
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 92 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2008
Estúdio: Gullane Filmes / Buriti Filmes / Miravista / Globo Filmes / ARTE France
Distribuição: Buena Vista International
Direção: Laís Bodanzky
Roteiro: Luiz Bolognesi
Produção: Caio Gullane e Fabiano Gullane
Música: BiD
Fotografia: Walter Carvalho
Direção de Arte: Marcos Pedroso
Edição: Paulo Sacramento

Elenco
Tônia Carrero (Dona Alice)
Betty Faria (Elza)
Cássia Kiss (Marici)
Stepan Nercessian (Eudes)
Paulo Vilhena (Marquinhos)
Maria Flor (Bel)
Elza Soares (Elza Soares)
Leonardo Villar

Em salvador também existem locais pra dançar. Assista ao filme se estimule e dance muito, faz bem a alma. Veja abaixo alguns locais para dançar:

Lugar Comum = 3329-4865, largo do rosário
Kantarerê = 3363-4015 Patamares
Boka de Caranguejo
Clube Comercial
Clube Fantoches
Santa Rita
Cabana do Bogary
Bambara
Santíssima Bahia

Veja o trailer do filme Chega de Saudade

quarta-feira, 21 de maio de 2008

E essa tal Felicidade.


Sou irredutível ao dizer que o trabalho sempre foi e será algo que nos ergue, enobrece e por vezes nos tráz felicidade. Entretanto, por alguns momentos desejamos jogar tudo pra o alto e ficar com o tempo de sobra para os deleites do ócio e o descanso relaxante. Quando assim desejamos a sobra de tempo – jogar tudo pra o alto e fazer aquilo que bem entendêssemos – por hora acreditamos que estaríamos felizes. Ai então me surge uma grande duvida: – Será mesmo a felicidade somente a conquista de nossos desejos?
É complicado se questionar sobre este assunto, pois, para alguns a felicidade é simplesmente um estado de espírito, e independe dos bens materiais e das ocasiões que o dinheiro pode proporcionar.
O estudioso sobre o tema, Daniel Gilbert, professor de psicologia da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, trata a felicidade da seguinte forma: "É difícil dizer o que é, mas sei quando eu a vejo. É simplesmente se sentir bem".
Levando a opinião do professor em consideração fica fácil julgar de infeliz alguém que não tenha à mesa, o pão pra alimentar os filhos, que sente frio e não pode se agasalhar, sede e não tem água pra beber, ou simplesmente não vai ao shopping fazer compras no natal. No entanto existem casos de indivíduos que passam por estas situações e declaram aos quatro cantos que é "pobre, mas é feliz". Caindo por terra alguns conceitos de felicidade e nos forçando a avaliar nossa própria vida valorizando tudo aquilo que somos e possuímos.
Para alguns, felicidade é ter a saúde perfeita, para outros é ter a geladeira entupida de cerveja, para uns é poder encontrar os amigos no sábado, para outros é sentir o calor e o afeto de uma mãe. Alguns preferem a morte ao ter que abdicar do prazer de comer uma lata de leite condensado, e outros preferem a vida ao renunciar os vícios que só trazem infelicidades. E assim, registro que muitas serão as definições de felicidade que nunca serão iguais, tampouco definidas uniformemente para todas as pessoas, ficando ao nosso bel prazer saber conduzir nossa vida em busca dos bons momentos, aqueles que fazem nosso coração tripudiar de felicidade.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Na mesa com dona Zélia Gattai Amado


Como foi enriquecedor poder compartilhar os poucos momentos de aprendizagem junto a esta pessoa incrível, que fez de sua passagem por este mundo um fato marcante, uma historia de amor e de ensinamento a tantos outros.
No período de maio a julho de 2007, nos reunimos algumas vezes para afinar os detalhes do projeto de exposição fotográfica Zélia Gattai Amado - um olhar imortal, realizado na reserva imbassaí. Durante este tempo pude conhecer a riqueza que guardava esta ilustre escritora, que alem de dominar a arte literária se mostrava uma fotografa de rara sensibilidade registrando momentos de uma vida.
Certamente levarei na lembrança, as historias que a ouvi contar e nunca esquecerei seu jeito singelo de narrar as experiências vividas ao lado de “Jorge”.
Como também ficará marcado e com certeza contarei aos meus filhos o que esta senhora de voz doce me falou em nosso ultimo encontro.
“Pele escura e olhos claros, retratos dessa mistura que é a Bahia, Eram dessas riquezas que saiam as inspirações de Jorge para seus novos personagens” e ela falava olhando dentro dos meus olhos e as mãos em minha face, com uma admiração muito verdadeira. Ficando surpresa ao saber da minha pouca idade e do meu empenho em abraçar aquele projeto junto a pessoas com anos experiência no mercado.
E foi incrível o tão pouco tempo que aos poucos se transformavam em ensinamentos que dona Zélia deixava para as pessoas que estava ao redor daquela mesa. Todos atentos ouviam os capítulos de uma vida levada com base na simplicidade e saboreando um delicioso sarapatel, prato elaborado especialmente para este encontro a pedido de dona Zélia. Segundo ela o que vale na vida é ser feliz, mesmo tendo o colesterol alto e o corpo fora de forma, porem não perder o prazer de saborear um toicinho, sarapatel, rabada etc.
Dona Zélia era autentica ao emitir suas opiniões, uma dama de vocabulário riquíssimo, um ser humano de coração puro, que deixava contaminar as pessoas que estavam ao seu redor pela naturalidade ao tocar nosso rosto, ao não ter timidez em admirar o próximo e falar de sentimentos sem esperar nada em troca.
Ouvir dona Zélia contando piadas de sua época, foi algo que eu jamais esperava, e foi muito divertido, cair nas gargalhadas ao ouvir aquela narradora que aos 90 anos contava anedotas como uma grande profissional.Eu agradeço as pessoas que me proporcionaram estes encontros e o projeto de exposição fotográfica que fizemos juntos, estas ocasiões serão levadas na bagagem dessa minha caminhada. e fica aqui Registrado esta minha admiração.