quarta-feira, 20 de maio de 2009

Anjos e Demônios

Nem bem estreou nas telonas, o filme “Anjos e Demônios”, baseado no livro de Dan Brown com o mesmo nome, já lidera as bilheterias brasileiras e pode ser considerado um sucesso diante as criticas nacionais e internacionais.
A morte do papa em Roma da inicio à trama. O simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) – o mesmo de O Código de Da Vinci – mais uma vez é convocado para prestar seus conhecimentos, só que agora, é próprio Vaticano quem suplica por ajuda.
Robert recebe a incumbência de desvendar os mistérios sobre o seqüestro de quatro cardeais e impedir a explosão de uma bomba de antimatéria. Os religiosos desapareceram horas antes do início do Conclave (cerimônia de eleição do próximo Papa) e a bomba tem o poder de destruir todo o Vaticano e parte de Roma.
O cientista descobre que os acontecimentos tem uma única explicação: a volta dos Iluminantes, uma espécie de sociedade secreta medieval, formada por cientistas, que conspira para dizimar com a Igreja Católica.

Um filme interessante
A trama é envolvente, e a adaptação da história para o cinema é bastante equilibrada. O professor Langdon está muito mais dinâmico e com uma aparência mais jovem. Desta vez, ele é acompanhado pela belíssima Victoria Vetra (Ayelet Zurer), personagem integrante do grupo de cientistas que produziram a antimatéria.
Podemos parabenizar os roteiristas pelo êxito em conseguir adaptar uma história com tantas informações sem torná-la cansativa. Os diretores mantiveram a agitação típica dos livros de Dan Bronw. É impossível desgrudar os olhos da tela.
São nada menos que seis clímaxes seguidos – um para cada cardeal, mais a bomba e a perseguição final. Tudo isso em volto a um verdadeiro rali paper pelas igrejas e obras de arte renascentistas romanas.
Apesar de ter sido escrito antes de O Código de Da Vinci, os roteiristas fizeram uma adaptação em Anjos e Demônios para que este dê a idéia de ser uma continuação da história anterior. Entretanto essa alteração cronológica não atrapalha o entendimento, e passa despercebida por quem ainda não leu o livro.
As cenas intensas levam a um final “interessante”. Quero com esta definição, dizer, na verdade: Não tão obvio quanto o do livro. Quem leu vai me entender.

Estética Européia
Anjos e Demônios, tal qual o Código da Vinci, explora bastante a paisagem turística de cada cidade onde se passa. E neste caso é possível fazer um tour por Roma e o pelo Vaticano à noite, uma bela fotografia da arquitetura romana.
Um estimulo a quem é apaixonado pela arte renascentista, para visitar a Itália e ver de perto a Basílica de São Pedro, as estátuas dos santos, mártires e anjos, Janus, a Capela de Sistina, entre outras obras representadas na película.

Diálogo polêmico
Como em todas as obras do autor da saga de Robert Logdon, o filme foi bastante criticado por alguns integrantes da Igreja Católica, e chegou a ser condenado pelo Vaticano, que estimulou um ato de boicote à produção.
Considerei o filme super benevolente com a Igreja. Acredito que até mesmo Bento XVI, se fosse ver Anjos e Demônios, ligeiramente iria perceber que ele não põe em questão a Igreja Católica, enquanto instituição.
Ao final, inclusive, há uma troca de galhardetes entre o acadêmico Robert que se declara ateu e o velho cardeal insider do Vaticano, personificado por Armin Mueller-Stahl.
Em sumo, o filme apenas leva o telespectador a fazer reflexão sobre a igreja e a batalha ciência X religião. Até agora me pergunto o que teria tanto incomodado a Santa Sé?

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